quinta-feira, 25 de junho de 2015

Moral travestida x Amor Incondicional



Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz? "Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo. Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela". Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão. Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando com os mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele. Então Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? "Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".

(João 8:3-11)

Jesus, mesmo conhecendo mais do que todos a vida daquela mulher pecadora, a perdoou e a despediu em paz. Será que agiríamos da mesma forma? Será que atuaríamos com misericórdia, ou seríamos como os fariseus e mestres da lei, que condenam veementemente alguém? Essa reflexão será um tanto diferente como as demais. Gostaria de abordar uma questão que ultimamente tem ocorrido fortemente no mundo inteiro: a Intolerância.

Segundo a Wikipédia – a Enciclopédia Livre, o termo “intolerância” significa “atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões” (acredito também que práticas diferentes do convencional). Ultimamente ao lermos jornais, revistas eletrônicas, ou ao ligarmos a televisão para assistirmos noticiários perceberemos que a intolerância está em diversos lugares. Ela encontra-se na política, nas escolas, nos esportes, na opinião – e porque não dizer também – na religião.

Existem muitas pessoas que sofrem a consequência dos intolerantes. Aqueles que carregam a bandeira da intolerância assumem-se muitas vezes como representantes da moral e da boa conduta. E o pior... em nome de Deus executa uma “guerra santa” contra aqueles que são diferentes. Com isso, praticantes de candomblé são apedrejados, homossexuais são taxados de filhos do diabo e quaisquer pessoas que sejam diferentes da nossa realidade consideramos como malditos. Mesmo sabendo que segundo a Bíblia em I Coríntios 5: 12 e 13 apenas nos cabe julgarmos os de “dentro do nosso aprisco” (entenda-se igreja), pois os de fora, cabe a Deus.

Pois, como haveria eu de julgar os de fora da igreja? Não devem vocês julgar os que estão dentro? Deus julgará os de fora. "Expulsem esse perverso do meio de vocês".
(1 Coríntios 5:12,13)

O meu desejo com essa mensagem é de que tenhamos uma visão de misericórdia e nos esforcemos para vivermos em amor com o nosso próximo, independente de quem seja.
Com a história da mulher que caiu em adultério eu compreendo algumas questões de nossa realidade: 

1. A intolerância não respeita o que é importante 

"Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo. Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos."(João 8:2,3) 
Jesus sabia da necessidade de ensinar sobre o Reino de Deus ao povo. Afinal, Cristo sabia que eles estavam “aflitos e desamparados, como ovelhas sem pastor” (Mateus 9:36). O ensino verdadeiro das Escrituras nos tira das garras da ignorância e da falsa religiosidade; e devemos priorizar tal momento em nossa vida.

Muitas pessoas têm sido guiadas por falsos ensinos que tem sido divulgado na televisão, na internet, em mídias sociais... em igrejas. Precisamos nos apegar intensamente na leitura da Palavra de Deus para que saibamos se o ensino transmitido em um púlpito é, ou não é de Deus. 

"Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade. Evite as conversas inúteis e profanas, pois os que se dão a isso prosseguem cada vez mais para a impiedade."(2 Timóteo 2:15,16) 
E nada deve atrapalhar tal momento. Mas os líderes religiosos e os fariseus interromperam esse momento, não pela preocupação da situação do adultério, apenas para pegar Jesus em falso... Utilizando-se de uma vida para mostrar-se moralmente certos.
 

2. A Intolerância não Respeita a Vida do Próximo 
"Fizeram-na ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?"(João 8:3b-5) 
Imagina alguém expor seus erros mais íntimos diante de uma multidão? E o pior! Sabendo-se que naquele momento haveria possibilidade de condenação – fora a humilhação pública ocorrida em daquele momento!

A intolerância não se preocupa em resolver conflitos, mas de exterminar os autores. Nossa sociedade é muito parecida! Quantas pessoas não são condenadas por serem diferentes, ou por praticarem algo que sai do nosso convencional? Desde uma criança obesa vítima de bulling, até uma pessoa que professa uma crença diferente da nossa.

Em nome de uma moral, as pessoas criticam, desprezam e até matam pelo que acreditam. Assim são os grupos extremistas da Al-Qaeda, Estado Islâmico, assim são os políticos evangélicos, assim foi Hitler... Assim somos nós em proporções diferentes.

3. A Intolerância não Julga com Justiça  
e disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz? (João 8:4-5)


Parece um absurdo essa minha pergunta, mas... como se comete adultério sozinho? Esse julgamento estava sendo machista e parcial. Segundo Levítico 20:10, “tanto o adúltero quanto a adúltera terão que ser executados”. Mas cadê o adúltero? Onde será que ele estava? Com sua família? Cuidando dos negócios? Ou exercendo o seu ofício religioso nas sinagogas?

Parecia que tais líderes religiosos pensavam em condená-la a todo o custo, mas poupava o adúltero. Será que ele era o maior dizimista no templo? Vale a pena refletirmos nisso.

 4. Jesus nos mede pela mesma medida que medimos os outros 
"Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela". Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão. Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando com os mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele."(João 8:7-9)

O maior critério de observância que devemos ter é a nossa vida
. Costumamos olhar muito para o nosso próximo, mas jamais nos atrevemos a olhar para os nossos erros. Quase nunca nos atrevemos a nos pôr em silêncio para olharmos para dentro de nós. E se somos melhores hoje é porque um dia Deus nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado (Colossenses 1:13). Os de fora ainda não tiveram a mesma oportunidade (ou não corresponderam ainda a tal convocação de Cristo).

A medida que somos medidos é a mesma que temo medido os outros. Então cuidado ao olharmos para os outros com olhar de condenação! Pois um dia estávamos na mesma condição que a deles. Amemos nosso próximo assim como Jesus faria.

 
5. Jesus não condena o pecador, mas solicita que o mesmo reavalie sua vida

Então Jesus pôs-se de pé e perguntou-lhe: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? "Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado". (João 8:10-11) 
O corpo de Cristo deveria significar esperança para os que necessitam mudar, mas ultimamente tem se tornado um lugar de condenação de práticas e condutas. Muitos hoje têm receio de entrar em um espaço religioso com receio de ser retalhados pelos olhares e por exposições feitas em um púlpito.

Como eu gostaria de pedir perdão a todos aqueles que foram feridos por maus pregadores diante de um púlpito. Nossa pregação tem que se limitado apenas ao juízo de Deus, mas não ao que Ele pode fazer por nós (e em nós). Deus ama a todos e pede apenas que reavaliemos nossas condutas. Não sou melhor que uma prostituta, um travesti, ou um drogado. Apenas o meu foco e minha reavaliação de vida é diferente.

Sou pecador e falho, mas tenho Jesus Cristo como meu Salvador, Advogado e Redentor.... Eles precisam saber e experimentar isso!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

TEM CERTEZA, DEUS?!

Adicionar legenda




Disse o Senhor: "De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, e também tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão sofrendo. Por isso desci para livrá-lo das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde manam leite e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus. Pois agora o clamor dos israelitas chegou a mim, e tenho visto como os egípcios os oprimem. Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas". Moisés, porém, respondeu a Deus: "Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito?"
(Êxodo 3:7-11)
    Mesmo o Deus Todo Poderoso convocando Moises para uma grande missão, o relutar foi inevitável. Praticamente nessa leitura vemos um Deus desejoso em salvar e um homem se esquivando de tão grande privilégio.
Parece que falar de Moisés ultimamente tem sido moda! A célebre história da vocação de Moisés esses dias foi abordado com muitos efeitos especiais com o filme “Êxodos - Deuses e Reis”, durante a semana da Páscoa e ultimamente através de uma novela em uma certa rede de televisão; que por sinal (me perdoem o comentário!), tem um roteiro péssimo. Poderiam usar a Bíblia.... Apenas acho!
      Muitas vezes vemos um Moisés considerado o maior de todos os profetas; O instrumento de Deus para a libertação de todos os hebreus oprimidos. Praticamente, tirando o evento que ele perde a paciência com o povo (e com isso o acesso à terra prometida), vemos muitas vezes um Moisés quase que impecável... O que não é verdade!
      O evento lido acima foi uma quando Deus convocou Moisés para ser Sua testemunha diante de faraó. Mas ele não se via capaz de ser seu representante. O intuito dessa mensagem é perceber que não importa a nossa visão que temos de nós mesmos, Deus nos chama para sermos vozes dEle às nações.
Gostaria de analisar algumas questões desse evento ocorrido para nossa reflexão:


1. Deus tem ouvido o Clamor dos Oprimidos E discorda que eles permaneçam da mesma forma
     Disse o Senhor: "De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, e também tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão sofrendo. Por isso desci para livrá-lo das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde manam leite e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus.
(Êxodo 3:7-8)

     O SENHOR não concordava com tal opressão que estava acontecendo com os hebreus. Tenho plena convicção que assim como está escrito que Deus não rejeita o quebrantado (Salmo 51:17), Deus ouviu o clamor daqueles oprimidos que discordavam viver daquela forma.
    Hoje temos diversos tipos de pessoas oprimidas em nosso mundo. Pode ser que não estejam sob um trabalho escravo como os hebreus, mas podem estar sendo oprimidos de outras formas. Escravos da bebida, das drogas, do abandono; Pessoas que necessitam ser libertas de si mesmas e do deus desse século. Vemos hoje em dia mulheres sendo espancadas, jovens sem perspectivas de vida, crianças molestadas, famílias desestruturadas, idosos sendo abandonados nas esquinas das ruas, assim por diante. O mundo está em colapso, clamando por ajuda... Deus não suporta mais isso!


2. Deus tem pressa e nos
Convoca para algo emergencial

Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas".

(Êxodo 3:10)

      Diante de uma necessidade tão gritante, Deus nos convoca. E sua convocação tem um caráter de grande emergência. Ele sabe o momento certo de agir e principalmente através de quem Ele quer agir. Em Mateus 9:37, Jesus certa vez mostrou a grande necessidade de obreiros em Sua obra dizendo:

“…A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.” (Mateus 9:37)

     A maior dificuldade hoje em dia na obra de Deus não é a ausência do que se fazer, mas a ausência dos obreiros para que se faça algo. O caráter é de emergência pelo simples fato de que Jesus está voltando e as pessoas tem a oportunidade de serem salvas, perdoadas, redimidas, justificadas e retificadas através da mensagem de salvação. Mas como diz em Romanos 10: 13-15:

      "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: "Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!" (Romanos 10:13-15)

      Nosso caráter torna-se de emergência e Deus nos concede tal honraria de levar tal mensagem de salvação.


3. Independente de nossa dúvida
Deus Nos convoca por Sua soberania

     Moisés, porém, respondeu a Deus: "Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito?" (Êxodo 3:7-11)

      Não existem uma razão lógica que explique o porquê Deus nos escolhe. Porque Deus escolheu uma pessoa gaga e insegura como Moisés? Porque escolhe Davi como rei, mesmo sabendo que ele adulteraria e ainda cometeria homicídio? Como Deus chama o rei Ciro de “Meu Servo”? Verdadeiramente não tem como compreender a soberana vontade de Deus. O próprio Isaías diz o seguinte em Isaias 55:

      "Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos. Assim como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para ele sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente para o semeador e pão para o que come, assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei.
(Isaías 55:9-11)

      O que dizer depois dessa citação? Deus sabe o porquê dEle ter nos escolhido. Ele não olha para a nossa cor, raça, sexo, posição social... Ele simplesmente acredita e confia em/a você tão honrosa tarefa de levar as boas novas aos cativos e proclamar libertação aos oprimidos. Ele pode contar com você?

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Um sentido para vida em um mundo sem Sentido


“Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau. (Eclesiastes 12:13-14)

O escritor de Eclesiastes considera que o essencial para a vida do homem é temer a Deus e Obedecê-lo. Nessa leitura podemos observar uma pessoa experimentada em dias resumindo o propósito maior de toda a vida aqui na terra, mostrando que nada nessa vida tem sentido... quem concorda com o autor?
Se tivermos a ousadia de apenas ler o livro de Eclesiastes pela metade sem concluí-lo, no mínimo você se encontrará deprimido (a) juntamente com o autor que, em grande parte do livro alega que nada nessa vida tem sentido. Palavras como “inútil”, “sem sentido”, ou “loucura” resumem a vida para esse autor. E para piorar ele não considera as suas conquistas, nem o seu trabalho como algo que lhe favoreceu para o fim de sua vida. Forte isso!
Por favor, meus irmãos, não me considere fatalista ou pessimista. Mas será que a nossa vida se baseia em filmes épicos como Gladiador? Em uma das cenas do filme por exemplo, o personagem principal é indagado: - Porque você luta? – Eu luto para não lutar mais, ele respondeu. Mas e depois? Será que a nossa vida serve apenas para prestarmos serviços ao nosso Estado, para que no final dos nossos dias vivamos de nossa aposentadoria? Ou então para vivermos de forma fútil, para que no final de nossas vidas nos arrependamos dizendo: gastei boa parte de minha vida!
A intenção dessa mensagem não é torna-lo um pessimista, depressivo e angustiado. Mas sim de ajudar a todos a questionarem como temos vivido e o que realmente importa para nossa vida.

Gostaria de analisar algumas questões que são abordadas no livro de Eclesiastes.

1. Se esforçar para obter sabedoria e fama é algo extremamente insensato   
“Pensei comigo mesmo: Eu me tornei famoso e ultrapassei em sabedoria todos os que governaram Jerusalém antes de mim; de fato adquiri muita sabedoria e conhecimento. Assim eu me esforcei para compreender a sabedoria, bem como a loucura e a insensatez, mas aprendi que isso também é correr atrás do vento. Pois quanto maior a sabedoria maior o sofrimento; e quanto maior o conhecimento, maior o desgosto.”
                                                     (Eclesiastes 1:16-18)


A busca por conhecimento é necessária. A Bíblia nos orienta a não viver sem. Em Oseias 4:6 fala que o Seu povo foi destruído pela falta de conhecimento. Porém a busca desenfreada por conhecimento torna-se angustiante.
Hoje vemos muitas pessoas se debruçando aos estudos. Não pelo simples fato de amar a leitura e o conhecimento, mas para conseguir passar em um concurso público e ter estabilidade. Porém isso acaba se tornando para alguns um círculo vicioso. Pois tais pessoas sempre acabam buscando mais, mais, mais...
Não estou dizendo que é pecado estudar (senão cheguei a blasfemar contra Deus por ter passado 6 anos em um seminário). Mas segundo o livro de Eclesiastes, isso tudo é correr atrás do vento. Viver em um esforço desenfreado em busca de uma estabilidade intelectual e econômica perfeita é algo inexistente! Tais pessoas precisam desfrutar um pouco mais da vida e confiar, não em seus esforços, mas na suficiente mão de Deus, pois segundo o salmista:

“Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda. Será inútil levantar cedo e dormir tarde, trabalhando arduamente por alimento. O Senhor concede o sono àqueles a quem ama”
                                  (Salmos 127:1-2)
2. Viver apenas pelos prazeres dessa vida não têm sentido

“Pensei comigo mesmo: Vamos. Vou experimentar a alegria. Descubra as coisas boas da vida! Mas isso também se revelou inútil. Concluí que o rir é loucura, e a alegria de nada vale. Decidi-me entregar ao vinho e à extravagância; mantendo, porém, a mente orientada pela sabedoria. Eu queria saber o que valesse a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana. (...) percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há qualquer proveito no que se faz debaixo do sol.”
(Eclesiastes 2:1-3, 11b)

 Encontro aqui uma pessoa a procura de sentido na vida. Primeiro, ele tentou por meio da obtenção de sabedoria esse sentido, agora por meio dos bens materiais. Buscou por meio das alegrias das bebidas, como o vinho e das construções que o seu dinheiro poderia lhe conceder, mas percebeu a futilidade e que era inútil era viver em prol do que é material.
Vemos hoje pessoas em busca de sentido por meio dos prazeres e na obtenção de bens. Quando observamos pessoas sem rumo numa mesa de bar, ou entregues à promiscuidade, elas na verdade estão nessa mesma busca que nós estamos, porém numa perspectiva diferente. Da mesma forma pessoas que são compulsivas por compras e que saciam seus prazeres apenas estourando cartões de créditos, elas estão nessa busca de sentido também. No final de tudo, tanto um quanto o outro acabam em sofrimento.

“...pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.”
(1 Timóteo 6:10)

“Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne. Pois os bêbados e os glutões se empobrecerão, e a sonolência os vestirá de trapos.”
(Provérbios 23:20-21)
3.Existe um Anseio dentro de nós posto por Deus
“Tenho visto o fardo que Deus impôs aos homens. Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez”
(Eclesiastes 3:10-11)

Para as questões anteriormente citadas Deus nos dá um “alívio sobre esse fardo”: o tempo apropriado para tudo. Assim como diz em Eclesiastes: Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3:1).
Ele nos ensina e nos adverte que sejamos equilibrados em tudo. Precisamos administrar o nosso tempo e aproveitar com tudo o que foi posto diante de nós. Precisamos estudar, mas precisamos desfrutar das nossas conquistas também. Precisamos aproveitar de tudo o que foi conquistado de forma honesta, comer, festejar, se alegrar com os amigos, mas também prantear, se esforçar e lutar quando for necessário, afinal, há tempo para tudo.
Mas, mesmo que a pessoa viva intensamente todas essas coisas, segundo o livro de Eclesiastes, dentro dela possui um fardo interminável que a corrói, que é o “anseio pela eternidade”. Anseio este que muitas vezes é incompreendido por nós. Não compreendemos que antes da queda nós éramos completos e inteiros. Após a queda, o que sobrou foi a saudade da nossa alma pelo que é eterno. Temos profundas saudades de Deus, mas muitas vezes suprimos esse anseio por coisas fúteis e transitórias.
O anseio pela eternidade é o sinal de que precisamos reorganizar a cada dia nossa vida para que venha sobre nós o que é perfeito. Mas desfrutando de tudo dando graças a Deus.  
4. Obedecer a Deus é o que nos dá sentido para viver

"Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau."
(Eclesiastes 12:13-14)
 

Pode ser que não compreendamos bem o mundo e como ele funciona na esfera de Deus. Algumas coisas podem parecer sem sentido e desconexo. Quem sabe alguém aqui não pense que não vale a pena mais viver. Porém, Eclesiastes me convida a desfrutar do melhor desta vida: Deus.

Deus habitando dentro de nós é o que nos dá o real sentido das coisas. Aprendo a amar o meu irmão por ele ser a imagem e semelhança de Deus. Aprendo também a olhar para a natureza e perceber que é o reflexo da glória de Deus e como tal, necessita dos cuidados de seus mordomos. Aprendo que a injustiça é a ausência do temor de Deus nos corações dos grandes e a tristeza do injustiçado.

O que é essencial para nossa vida é Deus, o Seu Reino e Sua Justiça; e nisso é que devemos nos basear. As demais coisas (que vão ficar) serão acrescentadas na caminhada.