domingo, 25 de dezembro de 2011

Por favor, comemorem o Natal!

Algumas pessoas podem achar o tema um pouco apelativo ou insistente; mas prefiro como “intercessório” (se é que essa palavra exista). Eu sou muito a favor da comemoração natalina, sabe... Amo as cantatas natalinas, a reunião familiar, a reflexão do nascimento do Messias, etc. Mas o que ultimamente tenho visto entre algumas igrejas não é apenas o descaso quanto a comemorar essa data tão especial, mas também o desprezo e até a “demonização” do Natal. Parece absurdo, mas é verdade.

Anteontem, a minha noiva falou que em sua igreja passou um DVD sobre o natal. Sabe aqueles pastores sensacionalistas que gostam de se promover com asneiras pela internet?! Pronto! Uma cópia de vários “fakes” e “estórias” (não com “H”) sobre a origem do natal e mostrando que cristão que é cristão, não pode comemorar. Agora o engraçado é que esses mesmos que defendem esse ponto de vista defendem que devemos celebrar a festa dos tabernáculos, usar arcas, tocar shofar, usar kipá, candelabro etc. Costumam se utilizar desses elementos para promover a “verdadeira” identidade da igreja. Pura falácia!

Quando a minha noiva falou isso, eu fiquei decepcionado. Esse cristianismo “fakeado” não tem vez em nossas vidas. Sei claramente que Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro. E sei que possivelmente existam comemorações pagãs nesse dia, mas isso não impede de eu comemorar com a minha família o nascimento de Cristo. Dia 12 de Outubro é reconhecido como o dia da “padroeira” do Brasil, mas nem por isso os crentes em Jesus celebram-na quando vão à igreja nesse dia, ou quando felicitamos as crianças com algum presente. O resultado dessas atitudes infantis é que temos dado os dias de nosso calendário a satanás para que ele faça o que bem entender: trágico!

Reconhecendo isso, minha noiva e eu fizemos dessa semana um presente para Jesus. Arrumamos as casas de nossas mães (pintamos, limpamos e organizamos). Esse foi o nosso presente para Ele: ajudar as nossas mães a organizar os seus lares. Mas no dia 24 minha noiva disse que queria presentear Jesus ajudando alguém. Poderia ser uma Cesta Básica, ou até dar um simples presente, fazer uma visita etc. Creio que naquela hora Deus ouviu o nosso desejo e daí começa o desfecho de um testemunho nosso.

Nataly (minha noiva) e eu iríamos procurar na véspera de Natal uma cantata em alguma igreja ou então iríamos ver alguma apresentação natalina no Recife Antigo; mas antes, eu teria que visitar o meu pai. Daí por diante, tudo que estávamos planejando caiu por terra mediante a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável.

Ao chegar à casa de meu pai, percebemos a necessidade de alguém ali com ele. Quando chegamos, não tinha ninguém. Ele tinha feito as compras, mas não as tinha guardado. Olhamos para a casa com o aspecto de abandonada. Houve uma concordância em nosso coração naquele momento: “vamos arrumar a casa fazer uma surpresa”. Durante a nossa arrumação, entra o meu pai bêbado e surpreso conosco. Ele entrava com algumas frutas para enfeitar a mesa celebração. Aquele Natal ele celebraria apenas com meu irmão (e olhe lá!).

Como é de costume, eu comprei um presente para ele: um CD do Elvis Presley. Sabia que ele gostava! Por isso fui a uma livraria e comprei de presente. Nataly ficou responsável em cozinhar alguns pratos. E durante a nossa estadia ali com o meu pai na cozinha, percebemos que existiam alguns produtos no armário que estavam vencidos desde o início de Janeiro de 2011. Vimos lá uma lata de leite Molico (sem comerciais... rsrsrs) onde o leite estava incrustado no recipiente.  Perguntamos para ele se poderíamos jogar essa lata fora, pois o leite já não prestava. Ele nos espantou com a sua resposta dizendo que não jogasse fora, pois ele a conservou assim para lembrar-se de sua mãe que tomava aquele leite. Ele não deixava aquela lata enferrujar e mantinha alguns objetos intactos. Naquela hora, me veio vontade de chorar... segurei!

E observando bem, tudo ali lembrava a minha avó mesmo; até os olhares dele e do meu irmão, que choraram lembrando a morte dela (01 de janeiro de 2011). Mas sabe o que aconteceu naquele momento? Estávamos restituindo a família que não se tinha mais ali. Estávamos celebrando o natal com eles e com isso eles poderiam trazer à memória aquilo que lhes dariam esperança. Nós nos divertimos naquele lugar e jantamos juntos. Algo que não era feito naquele lugar ha décadas. Tive total certeza que Deus queria que estivéssemos naquele lugar para realizar a Sua vontade através de nós.

Hoje (25 de Dezembro) também fizemos um almoço de Natal por lá. Meus pais que há anos não tinham contato acabaram criando um vinculo de amizade e companheirismo bastante consistente. Percebemos ali o semblante de meu pai mais sereno e tranquilo. Creio que o amor de Deus estava se manifestando naquele momento.

Para concluir, eu quero louvar ao SENHOR pelo privilégio de presentear Jesus Cristo através da minha disposição em ser um instrumento para Ele nesse Natal. Não acredite no que tem sido propagado por esses pseudo-profetas! Tire as suas próprias conclusões e ore a Deus e, no secreto de seu coração, Ele te revelará tudo o que você precisa para ser um instrumento dele nesse natal.

Feliz Natal para todos!!!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Profetas & Reis

Hoje, em minha devocional diária, quando eu estava lendo, os versículos abaixo me chamaram bastante atenção:

"Ora, o rei da Síria estava em guerra contra Israel. Depois de deliberar com os seus conselheiros, dizia: "Montarei o meu acampamento em tal lugar".

Mas o homem de Deus mandava uma mensagem ao rei de Israel: "Evite passar por tal lugar, pois os arameus estão descendo para lá".
Assim, o rei de Israel investigava o lugar indicado pelo homem de Deus. Repetidas vezes Eliseu alertou o rei, que tomava as devidas precauções.
Isto enfureceu o rei da Síria, que, convocando seus conselheiros, lhes perguntou: "Vocês não me apontarão qual dos nossos está do lado do rei de Israel? "
Respondeu um dos conselheiros: "Nenhum de nós, majestade. É Eliseu, o profeta que está em Israel, que revela ao rei de Israel até as palavras que tu falas em teu quarto". 

(2 Reis 6:8-12)



Que profundidade é perceber como Deus se manifesta na história através de pessoas que eram incompreendidas pela sociedade, mas que, naquele momento eram extremamente necessários. Reis que se moviam apenas pelo que os profetas diziam. Mediante a isso, eu aprendi algumas realidades que gostaria de compartilhar com cada leitor (por mais que seja apenas um... rsrsrs)


1. Deus conhece a intenção de cada coração


O rei da síria não imaginava que existia alguém que estava ali em seu quarto. Alguém que muitas vezes dizemos que acreditamos, mas na realidade não damos muito crédito. Como diria o grande poeta Sergio Pimenta: "Quando se está só, se está porque deseja; pois Ele com certeza não foge de ninguém"

Deus estava acompanhando toda a trama do rei em seus aposentos, em sua comitiva e sabia das suas más intenções contra o povo de Israel. Não nos enganemos! O Senhor não conhece apenas o nosso discurso fajuto, demagogo e muitas vezes mentiroso que muitas vezes proclamamos. Mas sonda também as intenções de nosso coração e o que essas intenções provocam em nossa história. Diante desse ponto, partirei para o segundo ponto.

2. O Senhor é o Senhor da História

Elias: Profeta antecessor a Eliseu.
É ele quem dá vitória ao seu povo e que controla tudo! Pode parecer um pouco determinista essa afirmação, mas creio que também que Ele permite que situações ocorram para o nosso crescimento, pois "todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus" (Romanos 8:28).

O problema que vejo hoje em dia é que muitos desacreditam na soberania de Deus e nos Seus projetos grandiosos para nossa vida. Não sabemos o que se passa na mente de Deus. "O Senhor conhece os pensamentos do homem, e sabe como são fúteis" (Salmos 94:11), mas não conhecemos os pensamentos e os caminhos que o Senhor traça para nós (Isaías 55:8). Ele é como um grande tapeceiro onde nós só vemos a Sua obra pelo avesso.


3. Deus se revela ao seus filhos

Essa é outra coisa que tem entrado em descrédito por dois aspectos: secularização e/ou banalização do que é divino.

Deus se revela a nós de diversas formas: por sua criação, por gestos amáveis, por palavras edificantes, pela oração e principalmente pela Sua Escritura. Como queremos que Ele nos aponte, se ao menos não buscamos nEle o que se deve fazer?  

Nunca vi tanta banalização secularização do que é sagrado e divino. Não buscamos, queremos ser buscados; não adoramos, queremos ser adorados; não queremos nos separar para Ele, mas nos misturar com tudo e um pouco dEle.

Nossas orações têm sido egoístas, e além do mais, buscamos respostas instantâneas em uma oração superficial. Nossa leitura tem sido mais "sobre" as Escrituras do que "a própria" Escritura. Olhamos para tudo e pensamos que tudo conspira para nós. Resmungamos mais do que agradecemos... Como queremos que Deus fale algo dessa forma?

Conclusão

Precisamos rever os nossos conceitos em relação a Deus, Suas intenções e Sua soberania.