segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A CONVOCAÇÃO POLÊMICA

 “Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar todas doenças e enfermidades. Estes são o nome dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o zelote, e Judas Iscariotes, que o traiu.” (Mateus 10:1-4)


INTRODUÇÃO
Grandes empresas corporativas atualmente ao formar o seu quadro de funcionários eles escolhem baseados em suas habilidades distintas: dinamismo, comunicativo, proativo, fluência em duas, ou três línguas, sabe trabalhar em equipe, etc. Se os mesmos observassem atentamente a convocação de Cristo fez entrariam em um colapso nervoso.

Por incrível que pareça Cristo, ao fazer o Seu convite, Ele não convidou os mais renomados pensadores da época, nem muito menos os religiosos mais devotos daquele contexto. Ele escolheu aqueles que nem nós mesmos pensaríamos em convidar. Chamou aqueles que eram considerado os menores e desprezados daquela sociedade.

O intuito desse estudo é esclarecer que por mais que pareça estranho, Cristo nos chama para sermos dEle e nos convida para uma grande obra.


ANTES DA CONVOCAÇÃO

Ao lermos Mateus 5-7 poderemos ver Cristo apresentando a ética do Reino de Deus que era chegado. Já nos capítulos 8 e 9 veremos o poder e a autoridade resultante desse Reino. Jesus não tinha apenas um belíssimos discurso, mas tinha poder até sobre as doenças! Algo nunca visto naquele momento. 

Mas outra fator importante de citar era que Ele se compadecia das pessoas. Jesus não era insensível às necessidades humanas. Ensinar, pregar e curar andavam de mãos dadas: sua autoridade transparecia no que Ele dizia e fazia.

Quando houve a necessidade de pessoas para ajuda-lo Ele declara em Mateus 9:37 e 38 o seguinte:

“A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita.”

A partir da necessidade percebida Ele mesmo tomou a iniciativa de formar o Seu grupo de doze pessoas denominado de apóstolos (que quer dizer “enviado”). Mas se formos observar bem, acharíamos a escolha de Cristo um tanto equivocada e que tudo que ele estava tentando construir teria sérios prejuízos. Ao invés de pessoas renomadas, religiosas e de uma retórica inquestionável, Cristo quis escolher pescadores ignorantes, cobradores de impostos, pessoas incrédulas e até políticos revolucionários para serem Seus representantes.

Gostaria de analisar com vocês alguns desses apóstolos para perceber o quanto seria uma “furada” aos nossos olhos convocar pessoas como eles:
  • Pedro: Apelido dado por Jesus (que significa “Pedra” ou “Rocha”). Mesmo tendo um apelido tão “sólido”, isso não o impediu de ser bastante maleável. Em alguns momentos era colérico, impetuoso e constantemente mudava de opinião. Ex: (Jo. 18:10/ Mt.16:13-26).
  • Tiago e João: Filhos de Zebedeu, ambos eram discípulos de Cristo. De temperamento intempestivo ganharam de Jesus o título de “Boanerges”, que significa “filhos do trovão”. Certa vez queriam que fogo do céu caísse sobre uma aldeia de Samaritanos por não querer a entrada de Jesus em suas terras. Os mesmos queriam ter posições elevadas no reino de Jesus. Ex: (Mc 3:17/ Lc. 9:54/ Mc 10:37)
  • Mateus: Também chamado de Levi. Motivo de ira tantos judeus estava baseado em seu ofício: publicano. Um judeu que trabalhava para o serviço romano era inadmissível! Cristo o acolheu em seu grupo. (Mateus 9:12).
  • Tomé: Entra para a história como aquele que apenas cria se visse algo palpável. Até hoje ele é conhecido por seu ceticismo
  • Simão, o Zelote: A questão de ter um zelote em seu bando já é questionável.
Podemos até nos perguntar: esse projeto tinha tudo para dar errado, mas não deu! Porque? Com certeza não vou conseguir responder com tanta propriedade, mas vou dar alguns motivos de tudo ter dado certo.


1. ERA PLANO DE DEUS
“Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos Teus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2)

Muitas vezes não compreendemos como funcionam os projetos de Deus. E quando lemos as Escrituras percebemos isso também. Tudo abaixo da terra está debaixo da vontade e da permissão de Deus. Nada escapa de seus olhos e tudo que passamos também tem um propósito, pois “todas as coisas cooperam para o nosso bem” (Rm. 8:28)

Deus é quem sabe o fim muitas vezes antes mesmo de começar; Ele é expert em nos surpreender!


2. PARA QUE O REINO DE DEUS SE BASEASSE EM SEU PODER, NÃO NO HOMEM
“Minha graça é suficiente pra você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9ª)

Não gostamos muitas vezes de coisas que saem de nosso controle. Queremos muitas vezes ter o controle daquilo que fazemos em nosso dia a dia. O que nos tira da zona de conforto é preocupação e a ansiedade. Cristo nos convida a um caminho onde quem conduz é Ele.

Por mais estranho que pareça, quando damos a Deus o lugar devido em nossas vidas, as coisas fluem naturalmente. Deus não está preocupado com nossa conta bancária, nossas formações acadêmicas, ou nossa raça para irmos adiante. Precisamos ver que Deus procura apenas corações dispostos e disponíveis para fazer a Sua vontade


3. ANTES DO ENVIO, ELES APRENDERAM COM CRISTO
“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas” (Mateus 11:28 e 29)

Antes mesmo deles saírem para realizar as obras do Pai, eles tiveram próximos de Cristo e aprenderam com Ele. Tiago, por exemplo, que era conhecido como um dos “filhos do trovão” se tornou o primeiro mártir pela causa do SENHOR (Atos 12:2). A sua paixão pelo evangelho de Cristo era inquestionável.

Pedro também passou por esse processo. Após todo o processo, Pedro acabou sendo o Líder, escritor e pregador de grande audácia. Seu sermão no Dia de Pentecostes resultou na conversão de 3.000 almas. Só que Pedro não chegou a esse nível sozinho, ele aprendeu juntamente com Cristo como deveria agir.


CONCLUSÃO
Da mesma forma somos nós! Que aprendamos o seguinte: Mesmo que nos vejamos pequenos e insignificantes, Ele nos escolhe para fazermos a Sua soberana vontade aqui nesta terra. Se verdadeiramente foi Ele que nos escolheu, poderemos então descansar sabendo que tudo ocorrerá para a Sua glória.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

DICAS PARA 2017 SOB A ÓTICA DE ECLESIASTES

Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir, 
tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, tempo de abraçar e tempo de se conter,tempo de procurar e tempo de desistir, tempo de guardar e tempo de lançar fora,tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar,tempo de amar e tempo de odiar, tempo de lutar e tempo de viver em paz. (Eclesiastes 3:1-8)



Todos aqui provavelmente perceberam o quão complicado foi este ano de 2016. Crises financeiras, catástrofes e instabilidades marcaram este ano. E com certeza torcemos para que 2017 seja um ano que consigamos superar as perdas que tivemos neste ano. Para ter uma melhor qualidade de vida em 2017, 
Alguns vão apelar para simpatias e outras ferramentas para terem um ano melhor: pular a onda do mar 7 vezes, comer lentilhas, vestir-se de branco, etc.

Em algumas igrejas cristãs são estabelecidas metas para tal ano que chega. Algumas até "determinam" como será o ano da igreja, como está no exemplo abaixo: 

"ESTE SERÁ UM ANO DE PROSPERIDADE, LIBERTAÇÃO, CURA, SALVAÇÃO, ALEGRIA E AVIVAMENTO!"

Existem alguns problemas em tais afirmações, pois alguns desses itens podem ser realidades na vida de uns, mas na dos outros não. Assim é a vida! Outros com mais, outros com menos; uns acabam de ter uma criança, outros acabam de perder um ente querido; uns conseguiram o emprego dos sonhos, mas outros acabaram desempregados... E por aí vai!

O livro de Eclesiastes no capítulo 3 nos ensina como devemos lidar com esses tempos circunstanciais nesses 365 dias cronologicamente que temos para viver anualmente.


1. TUDO O QUE PASSAMOS TEM UM MOTIVO
Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3:1)

Imagina se toda a nossa infância se baseasse em experimentarmos apenas as coisas boas da vida?! Com certeza não estaríamos preparados para as adversidades futuras. De acordo com Eclesiastes 3, nós passamos por tudo o que passamos aqui na terra por um propósito que não compreendemos, mas Ele sabe.

Não existem apenas em nossas vidas momentos de farturas, mas de escassez também. Não existem apenas festividades nessa vida, existem os momentos de luto. Colhemos o que plantamos, mas precisamos plantar para colhermos também. Não existe ser humano nesta vida que não passe por dificuldades. A questão é como lidamos com tais dificuldades. O que aprendemos é o que importa!

2. DEVEMOS VIVENCIAR CADA MOMENTO DE ACORDO COM CADA CIRCUNSTÂNCIA
"(...) tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar(...) (Eclesiastes 3:2-4)

Eclesiastes nos relata alguns momentos que vivemos em nosso cotidiano. Por exemplo, todos os dias nascem crianças; mas também sabemos que muitos morrem diariamente. São questões inevitáveis. Inerentes ao ser humano.

Para tudo existe o momento apropriado. Vai haver momentos de 2017 que riremos bastante, mas também haverão momentos que choraremos compulsivamente. Haverá momentos que abraçaremos a todos, mas haverá momentos que saberemos nos conter... assim é a vida!

Quando digo que devemos vivenciar cada momento, é pelo simples fato para que tenhamos a oportunidade de viver intensamente. Em 2017 Chore no velório, sorria entre seus amigos, abrace as pessoas, sofra com a luta de seu próximo, monte sua empresa, decrete falência. Perceba que a vida não é tão linear como nos apresentam. 

Não crie maquiagens ou "anestésicos" para cada momento. Não crie atalhos na sua caminhada anual. Não prolongue a sua alegria com futilidades, nem tente reduzir o seu momento de tristezas se dopando. Não prolongue angústias através da ansiedade, nem reduza oportunidades de vivenciar alegrias por se tornar um Workaholic

"Experimente o mel e o fel de cada dia. Viva intensamente de manhã até o por do sol!"

3. DEUS FEZ TUDO DE FORMA APROPRIADA
"Ele fez tudo apropriado a seu tempo" (Eclesiastes 3:11a)

Se o próprio Deus fez divisão de dia e noite e criou as estações do ano, porque não caminharmos no fluxo de Sua vontade? percebamos sempre que tudo o que Ele fez não foi para nos prejudicar, mas para que amadureçamos nesta "gloriosa monotonia".

CONCLUSÃO
Que façamos deste ano um ano de constantes aprendizados, vivências intensas e de glorificação ao Deus do tempo e da história. Vejamos a mão dEle em tudo.


EM CRISTO, FELIZ ANO NOVO!

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

NEYMAR E O SEU "100% JESUS"

"E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?" (Mateus 16:13)

Ao ver esse texto eu percebo que Cristo me estimula a ponderar e indagar como vejo Sua pessoa e se verdadeiramente creio nEle da forma correta. E tal texto me faz também refletir como nossa sociedade tem visto Cristo. Será que de fato esse Jesus que nossa mídia propaga é o mesmo da Bíblia?
Essa semana, após as olimpíadas, eu vi uma enxurrada de informações a cerca da faixa do Neymar escrita "100% JESUS" no momento da premiação. Uns glorificavam de pé (não resistí a piada! ), outros o condenavam, eu porém preferi ver o "andar das carruagens" e perceber até onde tal fato chegaria.
Temos uma miscelânea de teologias populares em nosso país. Sem falar do nosso sincretismo religioso. Pois, o santo de uma Igreja Católica torna-se uma entidade dos terreiros de umbanda, ou um amuleto popular daquele que carece de uma graça. Assim caminha a nossa sociedade... A experiência sensorial e popular sobrepujando a uma experiência pessoal e evidente do que é fato.
João Dias de Araújo, em seu livro "O Cristo Brasileiro - A Teologia do Povo" ele alega algo alarmante a cerca do pensamento popular:

"O pensamento popular é apriorístico; baseia-se nas primeiras impressões e não tem uma sequência lógica ou sistemática. É o pensamento baseado no senso comum." (ARAUJO, 24)

Chegamos então até ao Neymar. Um jovem que não mostra-se reflexivo a cerca de seus atos, indisciplinado, que com arrogância e prepotência se coloca como o MESSIAS FUTEBOLÍSTICO. Uma rapaz que xinga o povo brasileiro nas mídias sociais com palavras de baixo calão... Sim! Esse é o mesmo rapaz que ao ganhar uma medalha estava uma faixa na cabeça escrita "100% JESUS"!
Para mim, esse exemplo foi mais convincente!
Por incrível que pareça, eu achei mais convincente a atitude dos jogadores de Honduras, que independente de sua derrota por 6x0 para o Brasil, estavam de joelhos. Mas não existe mídia para quem perde de goleada em uma sociedade triunfalista. Mais prático é olhar para o nome de Jesus na testa de alguém que ganhou um ouro (independentemente de sua postura moral e ética) do que um grupo que se põe de joelho depois de uma derrota esmagadora. 

Quem é Jesus para nós? Um amuleto que nos faz triunfar sobre tudo e todos? um adereço pendurado no nosso pescoço? Será que cremos verdadeiramente nEle de fato?

"E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. " (Mateus 16:16)

OBS: Não condeno o fato dele expressar a "fé dele". Mas indago o fato se verdadeiramente estamos falando do mesmo Jesus e se ele crê da forma que a Bíblia nos ensina.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

O Inexplicável Deus e Suas ações

Versículo-Base: Jó 42:5-10
"Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza".
Depois que o Senhor disse essas palavras a Jó, disse também ao Elifaz, de Temã: "Estou indignado com você e com os seus dois amigos, pois vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez meu servo Jó. Vão agora até meu servo Jó, levem sete novilhos e sete carneiros, e com eles apresentem holocaustos em favor de vocês mesmos. Meu servo Jó orará por vocês; eu aceitarei a oração dele e não farei com vocês o que vocês merecem pela loucura que cometeram. Vocês não falaram o que é certo a meu respeito, como fez meu servo Jó".
Então Elifaz, de Temã, Bildade, de Suá, e Zofar, de Naamate, fizeram o que o Senhor lhes ordenara; e o Senhor aceitou a oração de Jó. Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes."


Jó conhecia a Deus pela teoria. No final da história, Deus se fez conhecido a ele e sua vida foi totalmente restaurada. Independentemente de todas as circunstâncias, Jó permaneceu íntegro e fiel ao SENHOR. Embora ele tenha sido questionador à cerca do que estava passando e ter sido questionado por seus “amigos” à cerca de sua conduta, ele tinha consciência de quem era e apenas não entendia o porquê de estar passando por tais provações. Isso não lhe parece familiar?

Todos os dias nos questionamos com muitas coisas referente ao nosso cotidiano: “porque eu não tenho o que ele (a) tem?”, ou então, “Eu sou fiel a Deus, busco e sirvo a Ele... porque então me surgiu essa enfermidade?” Com isso, nós começamos a construir “teologias” à cerca de nossas circunstâncias e adversidades. Começamos a dizer, por exemplo, que nossas enfermidades vieram dos nossos antepassados devido a suas práticas pecaminosas (idolatrias, roubos, adultérios... etc); e para melhorarmos, nós precisaremos participar da campanha da “água de Israel” e comprar o “sabonete do lavandeiro” e, para segurança, passaremos por uma sessão de libertação... vai que tenha algum encosto, não é?!

O ser humano é expert em querer definir Deus e Suas ações. Temos a maldita mania em defini-lo e até queremos ensinar como Ele deve agir com as pessoas. Também barganhamos com Ele!

“Ah Senhor! Se você me conceder isso, eu vou fazer tal coisa!”

Quero hoje analisar com vocês as ideologias que os amigos de Jó tenham sobre quem era Deus e suas frustrantes conclusões. A intenção dessa mensagem é apenas de mostrar que Deus é Deus e jamais compreenderemos a forma dEle trabalhar, Por isso, nós devemos esperar pacientemente nEle.
Com os discursos encontrados no livro de Jó, eu observei alguns pontos de vista que muitos de nós têm à cerca de Deus e de como as “coisas funcionam”. Cada amigo de Jó vinha com uma teologia pronta, mas será que eles estavam certos?

A primeira visão que encontramos é essa:


1. “Tenho que obedecer e clamar a Deus para que não me sobrevenha nenhum mal” (Teologia da Prosperidade)
"Mas, se fosse comigo, eu apelaria para Deus; apresentaria a ele a minha causa. Ele realiza maravilhas insondáveis, milagres que não se pode contar. Derrama chuva sobre a terra, e envia água sobre os campos. Os humildes, ele os exalta, e traz os que pranteiam a um lugar de segurança. Ele frustra os planos dos astutos, para que fracassem as mãos deles."  (Jó 5:8-12)

Esse é um dos grandes erros que tem sido propagados nos arraiais cristãos! É como se Deus fosse um chefe de uma empresa que fornecesse ao seu empregado a devida estabilidade e segurança no trabalho que tanto precisa. Ou pior: colocar Deus como nosso empregado e nos colocarmos como patrão!

“Restitui Eu quero de volta o que é meu!”
É bem assim que tem acontecido! Muitos tem exigido de Deus um “céu na terra”, uma vida sem dificuldades e problemas. A maldita teologia da prosperidade que tem entrado nas igrejas quer nos apresentar um evangelho sem renúncia, sem submissão e obediência, sem consciência de pecado... sem cruz. E ainda quer apresentar uma "vida blindada de adversidades", como se fosse pecado passarmos por tribulações.

“Declare! Determine! Tome posse de sua benção!”

Elifaz, de forma prepotente, se diz inspirado para revelar uma verdade sobre Deus. O sinal dessa revelação inicialmente veio em um vento, um arrepio nos pelos (você conhece alguém assim?) E em seguida, um vulto que lhe falou tais verdades. Nessas “verdades”, ele alega que Deus “tem a obrigação de livrar o crente” automaticamente da adversidade se tal pessoa clamar. Com isso, ele alega que o mal não pode atingir a quem serve a Deus. Isso contradiz o que Cristo diz. Pois, segundo Jesus, o nosso Deus (...) “faz raiar o Seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5:45 b). Outro texto é esse:

Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal". (Mateus 6:34)


Outra coisa é que nosso clamor passa pelo crivo da Palavra e vontade de Deus. Também é sempre bom lembrar que as dificuldades também existem para nos amadurecer e nos fortalecer no nosso cotidiano. Reconhecendo isso, “demonizaremos” menos e glorificaremos mais cada circunstância. Afinal, assim como diz Romanos 8:28:

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.” (Romanos 8:28)

2. “Se eu me arrepender e me converter, eu serei salvo das tribulações que passo”

"Mas, se você procurar a Deus e implorar junto ao Todo-poderoso, se você for íntegro e puro, ele se levantará agora mesmo em seu favor e o restabelecerá no lugar que por justiça cabe a você."
(Jó 8:5,6)
Uma coisa precisamos ter certeza: uma vida de arrependimento e conversão deve fazer parte da vida do crente em Jesus. Não para que sejamos livres das tribulações e dificuldades, mas da escravidão do pecado e do castigo eterno.

Pedro, em seu primeiro discurso, ele nos alerta a vivermos uma vida de constantes conversões e arrependimentos, não para que não passemos por tribulações, mas para que nosso interior seja transformado e o relacionamento com o Pai seja restaurado. Em Atos 3:19 diz o seguinte:

"Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor, e ele mande o Cristo, o qual lhes foi designado, Jesus." (Atos 3:19,20)
Bildade desconfia da integridade de Jó e insiste dizendo que a vida dele precisa estar voltada para Deus para que Deus lhe restitua tudo novamente... de forma instantânea. Iguais aqueles testemunhos estranhos que vemos nas TV’s.

“Eu vivia sem Jesus e estava desempregado e perdido. Mas agora aceitei Jesus e agora sou domo de uma grande empresa de eletrodomésticos. ” 
Será que muitas vezes não agimos como Bildade? Achamos que tudo é refeito de forma instantânea e damos um paliativo de palavras ao nosso próximo achando que tudo se resolve em alguns momentos. Nem tudo é instantâneo!

Fico aqui imaginando a jornada de nosso senhor Jesus Cristo. O plano de redenção se concluiria através dEle na cruz. Mas o discipulado dos discípulos levou aproximadamente três anos. Existem coisas no Reino de Deus que são instantâneas, mas outras demandam de nós investimento de tempo.

Outra coisa importante: temos que fazer uma autoanálise de nossa relação com Cristo, para que não sejamos enganados por pessoas que se dizem de Deus, mas não são.

“Essa questão financeira que você está passando é porque você está em pecado! Faça uma campanha de libertação em sua casa que Deus vai revelar e vai abrir as portas. Vou convidar uns irmãos do RE-TE-TÉ e vai ser fogo puro”.
Jó, por sua vez, questionou as palavras de Bildade, reconhecendo que nada do que ele estava sendo acusado era verdadeiro. Ele se conhecia, por isso se questionava.

Cristo nos alertou que o sofrimento e as aflições seriam um processo natural de todo aquele que serve a Ele. Ele diz:

“Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo. ” (João 16:33)



3. Provavelmente é karma! Tenho que praticar boas obras!

"Ah, se Deus lhe falasse, se abrisse os lábios contra você e lhe revelasse os segredos da sabedoria! Pois a verdadeira sabedoria é complexa. Fique sabendo que Deus esqueceu alguns dos seus pecados." (Jó 11:5,6)

Zofar estava dizendo que Deus tinha esquecido dos pecados ocultos de Jó. Como se lembrou, veio então a “vingança de Deus”. Agora para aplacar tal ira, Jó necessitaria a partir de agora mudar toda a sua conduta. Mudando a conduta, Deus veria que tal pessoa não “merece” tal sofrimento.

Vivemos atormentados com a necessidade de méritos. Para ganharmos algo necessitamos fazer de tal coisa. Nossa sociedade funciona dessa forma e, muitas vezes levamos para a igreja essa nossa forma de ver Deus.

Achamos que para merecer a Sua graça, a Sua salvação e o Seu amor necessitamos de fazer algo a mais. De acordo com Paulo, em sua carta, somos salvos não pelas obras, mas por Seu favor, por Sua graça. Se não fosse assim, nós buscaríamos salvação pelas obras. E as obras deve ser atitude de quem é salvo, não para sermos salvos.

Elifaz por sua vez alega que a omissão de Jó ao próximo era sinônimo de sua situação atual. Ele diz o seguinte:

“Você não deu água ao sedento e reteve a comida do faminto, sendo você poderoso, dono de terras e delas vivendo, é honrado diante de todos. Você mandou embora de mãos vazias as viúvas e quebrou a força dos órfãos. Por isso está cercado de armadilhas e o perigo repentino o apavora.” (Jó 22:7-10)
Não devemos fazer boas obras com o medo de passarmos tribulações. Embora, claro que a evidencia de sermos servos de Deus é a demonstração de amor com o nosso próximo.


4. Deus é completamente inexplicável

“Então o SENHOR respondeu a Jó do meio da tempestade e disse: quem é esse que obscurece o meu conselho com palavras sem conhecimento? Prepare-se como simples homem; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá.” (Jó 38: 1-3)

De repente, diante de uma “salada de teologias” e de opiniões à cerca de quem é Deus e de suas ações, Deus interfere toda aquela retaliação dos amigos de Jó e faz uma série de perguntas que provavelmente nenhum deles saberiam responder.

Não conseguimos entender muitas coisas nessa vida. Algumas até vamos descobrindo com o tempo, mas existem algumas que apenas cabe deixarmos nas mãos de Deus. “Porque essa enfermidade? ” “Porque fui demitido(a) se sempre fui o (a) melhor funcionário(a)?” “logo o meu pai? Porque?”
Deus conduz a história e apenas devemos seguir no fluxo da sua vontade. Afinal, a Sua vontade é boa, perfeita e agradável (Rm. 12:2b). Para encerrar, Isaias nos dá uma pequena noção de Deus e de suas ações:

“Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os Meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os Meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos” (Isaias 55:9)

Descansemos sabendo que Ele tem a nossa vida na palma de Suas mãos!


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Uma Descoberta: NÃO SOU O SUPERMAN

Ora, Acabe contou a Jezabel tudo o que Elias tinha feito e como havia matado todos aqueles profetas à espada. Por isso Jezabel mandou um mensageiro a Elias para dizer-lhe: "Que os deuses me castiguem com todo o rigor, caso amanhã nesta hora eu não faça com a sua vida o que você fez com a deles". Elias teve medo e fugiu para salvar a vida. Em Berseba de Judá ele deixou o seu servo e entrou no deserto, caminhando um dia. Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou, pedindo a morte. "Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou melhor do que os meus antepassados." Depois se deitou debaixo da árvore e dormiu. De repente um anjo tocou nele e disse: "Levante-se e coma". Elias olhou ao redor e ali, junto à sua cabeça, havia um pão assado sobre brasas quentes e um jarro de água. Ele comeu, bebeu e deitou-se de novo. O anjo do Senhor voltou, tocou nele e disse: "Levante-se e coma, pois a sua viagem será muito longa".
(1 Reis 19:1-7)


Mesmo o profeta Elias sendo servo do Deus Todo-Poderoso, em sua condição humana, ele sentiu fragilidades e desejou morrer. Ao lermos esse texto, nós perceberemos uma perseguição implacável contra alguém que fazia a vontade de Deus em tempos onde a promiscuidade, a idolatria e todo tipo de imoralidade. Isso lhe lembra alguma coisa?

Nossa sociedade vive às custas da aparência. Pode ser que o artista de cinema que tanto admiramos esteja tentando se libertar das drogas e/ou bebidas. Pode ser que aquele belíssimo casal da televisão estejam passando por crises no casamento. Mas a aparência é o que vale! Ninguém precisa saber de como está o ser humanos por dentro... a não ser Deus!

No ano passado (5 de Abril de 2014) Matthew Warren (27), filho do pastor, escritor e conferencista Rick Warren suicidou-se. Tal fato espantou os cristãos dos EUA. Pois o best-seller “Uma Vida com Propósitos” mostrava claramente um pastor preparado e maduro. Mas o seu filho já se mostrava traços de transtornos de personalidades e depressão, mas não perceberam a tempo tal questão. Após o fato houve bastante luto naquele lar (até hoje!).

A história desse jovem é a nossa hoje em dia! Muitas vezes estamos sorrindo para o nosso irmão em um culto, mas o nosso desejo é o de chorar. Nos mostramos fortes e ainda achamos que circunstâncias como essas não podem (e nem devem) acontecer com um filho de Deus. E se acontece... Será que sou filho de Deus? O que está havendo comigo? Eu oro, jejuo, canto louvores e sempre estou indo para igreja. Isso não poderia acontecer comigo! Afinal, “praga nenhuma chegará em minha tenda” (salmo 91:10).

A intenção dessa reflexão é mostrar que não somos super-heróis e que somos limitados e necessitamos de auxílio. Se levarmos uma topada, por exemplo, magoaremos nosso dedo. E se a intensidade for maior poderemos até chorar. Vivemos hoje numa matéria limitada e em um mundo difícil de se viver (e de se conviver). Nossa rotina é intensa e ao mesmo tempo é exigido de nós uma conduta impecável. Nossa alma muitas vezes clama por socorro por não haver um descanso. Devemos aprender que somos limitados. “E quem estiver de pé, tome cuidado para que não caia” ( I Co. 10:12). Mas se cair, saiba que você é humano, não Deus.
Gostaria de abordar algumas verdades que observei lendo a história de Elias.


1. Mesmo após uma grande vitória,
Elias teve medo de perder a sua vida


“Ora, Acabe contou a Jezabel tudo o que Elias tinha feito e como havia matado todos aqueles profetas à espada. Por isso Jezabel mandou um mensageiro a Elias para dizer-lhe: "Que os deuses me castiguem com todo o rigor, caso amanhã nesta hora eu não faça com a sua vida o que você fez com a deles". Elias teve medo e fugiu para salvar a vida. Em Berseba de Judá ele deixou o seu servo.”
(1 Reis 19:1-3)

Se conhecêssemos Elias apenas por esse texto definiríamos ele como um simples covarde. Porém podemos perceber que isso não é verdade. Ele foi uma pessoa tremendamente usada por Deus para ensinar as “verdades esquecidas”. Muitos naquele tempo serviam a ídolos de madeira, barro, ouro e bronze. Ousadamente Elias fez um desafio para os 400 profetas de Baal: o Deus que respondesse a uma oferta oferecida no altar com fogo, esse seria o Deus verdadeiro. Resultado: O Senhor foi glorificado e os profetas de baal reconheceram que só o Senhor é Deus (1Reis 18:21-40).

Responde-me, ó Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és Deus, e que fazes o coração deles voltar para ti". Então o fogo do Senhor caiu e queimou completamente o holocausto, a lenha, as pedras e o chão, e também secou totalmente a água na valeta. Quando o povo viu isso, todos caíram prostrados e gritaram: "O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! "
(1 Reis 18:37-39 )


Após tal acontecimento, o destemido profeta temeu a ameaça da Jezabel. Desafiou 400 profetas, mas temeu uma mulher. Assim como o profeta, todos nós temos nossos temores. Muitas vezes nossos temores vem de alguma limitação que temos, ou até uma exaustão de atividades. Todos homens de Deus tiveram complicações em suas caminhadas. Provavelmente o Apóstolo Paulo teve sérias complicações com o tal espinho na carne, por exemplo.

Elias preferiu correr após uma grande vitória. Já estava exausto em dar “murro em ponta de faca”. Será que hoje não estamos da mesma forma? Será que o pessimismo não tomou o nosso coração e a coragem que tínhamos antes? Se Elias fugiu, isso mostra a humanidade frágil de um homem de Deus.

2.Na história de Elias nós Encontramos
Claros traços de depressão

...e entrou no deserto, caminhando um dia. Chegou a um pé de giesta, sentou-se debaixo dele e orou, pedindo a morte. "Já tive o bastante, Senhor. Tira a minha vida; não sou melhor do que os meus antepassados."
(1 Reis 19:4 )


Elias sentia-se sobrecarregado com toda essa sua vida intensa. Passou por diversas perseguições, secas, desafios etc. Dia após dia sentia-se pressionado por servir a um Deus que se tornou desconhecido de Israel e de Jerusalém. Muitos queriam a sua morte. Agora era ele que estava clamando por ela.

O primeiro quadro angustiante de Elias que posso destacar foi a sua prostração: o Momento em que ele se entrega por completo às suas adversidades. Desistir de dar continuidade àquilo pelo qual foi chamado. Ele estava naquele momento dando um basta. Não queria mais lutar!

Quantas vezes não estamos assim?! Preferimos seguir o curso do mundo à remar contra a maré. Olhamos para trás e desejamos parar. Basta! Estou Cansado!

Elias também desejou a morte. Não porque ele não amasse a vida, mas pelo que estava ocorrendo ao seu redor. Não aguentava mais tanta perseguição sem nenhuma mudança. Ele não via reação das pessoas ansiando por Deus. De que adiantava pregar então, se não havia arrependimento? Com isso, ele sentia-se inferiorizado, menosprezado e pessimista. “não sou melhor do que os meus antepassados”, ele dizia. Muitas vezes nossa visão pessimista de como está mundo e de quem somos pode nos afastar dos verdadeiros propósitos.
Posso então concluir que tais sentimentos estão intrinsecamente ligados ao ser humano. A questão é como lidamos com esses sentimentos. Entregar-se a esse sentimento pode ser perigoso.

3. Elias Necessitava Descansar
e Se Alimentar Bem


Depois se deitou debaixo da árvore e dormiu. De repente um anjo tocou nele e disse: "Levante-se e coma". Elias olhou ao redor e ali, junto à sua cabeça, havia um pão assado sobre brasas quentes e um jarro de água. Ele comeu, bebeu e deitou-se de novo. O anjo do Senhor voltou, tocou nele e disse: "Levante-se e coma, pois a sua viagem será muito longa".
(1 Reis 19:5-7)

Muitas vezes quando estamos angustiados, focado nos problemas e deprimidos, não dormimos bem, nem sequer nos alimentamos direito. Provavelmente esse era o diagnóstico de Elias. Uma vida de intensa perseguição exigia bastante do vigor do profeta. Independente de como seja a nossa vida necessitamos criar uma rotina de alimentação e de descanso diário. Não podemos acrescentar uma hora sequer na nossa vida vivendo uma vida de ansiedade.

“Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida.”
(Mateus 6:28)

Deus realizou algo simples usando um instrumento nada convencional: um anjo. Ele supriu as necessidades alimentares de um profeta através de um anjo! Isso mostra que independente de como estamos, o Senhor nos envia um refrigério em nossa caminhada.

4. A jornada é longa, Mas Deus
Nos conduz por Seu caminho

O anjo do Senhor voltou, tocou nele e disse: "Levante-se e coma, pois a sua viagem será muito longa".
(1 Reis 19:5-7)


O que Elias estava passando era algo temporário. Mas isso não quer dizer que se encerraria as suas tribulações. As tribulações jamais cessarão enquanto estivermos vivos. Muitos pregadores da teologia da prosperidade vendem um evangelho do triunfo. Muitos deles consideram até as tribulações como pecado e condenam todos aqueles que passam por dificuldades.
Jesus nos adverte que no mundo teremos aflições (João 16:33). Ele nos garantiu uma vitória eterna, mas para isso, nós deveremos perseverar até o fim. Outra coisa: Ele não nos deixou sozinhos. Nos garantiu o Seu Espírito como selo de sua promessa.
Muitas vezes quando estamos em circunstâncias de pessimismos, não percebemos a intervenção de Deus. Ele nunca nos abandona. Ao contrário... Muitas vezes somos nós que tapamos os ouvidos para ele. Ele nos garante uma promessa que nos seguirá até a volta de Jesus, que é:

“E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.” (Mateus 28:20b)