quarta-feira, 12 de maio de 2010

ARREPENDIMENTO: PREPARANDO O CAMINHO DO SENHOR




“E Naqueles dias aparece João Batista Proclamando no deserto da Judéia, dizendo: Arrependei-vos; aproximou-se, pois o reino dos céus. ”

(Mateus 3: 1 e 2 – Novo testamento Interlinear)



Segundo João Batista, o Reino de Deus já chegou. Devido a isso, precisamos tomar uma nova atitude: arrependimento. João Batista não era uma pessoa que tinha uma aparência muito agradável. Ele vivia no deserto. Suas Vestes eram peles de camelo e um cinto de couro. Sua alimentação era baseada em gafanhotos e mel silvestre (V.4). Mas essas características tão distintas dele não impediram de multidões sedentas o procurarem (V.5). Ele não realizava grandes milagres como Elias, ou Eliseu, mas foi considerado pelo próprio Jesus como o maior de todos os profetas. Sua mensagem não era outra, a não ser esta: “arrependei-vos, pois é chegado o reino dos céus”. O foco desta mensagem é que Precisamos produzir frutos dignos de arrependimento para que o Reino de Deus venha sobre nós.


Mas o que é o Reino de Deus?
Reino de Deus não está em um local geográfico, ou em uma estrutura teológica, nem muito menos nas quatro paredes de um templo (embora as igrejas sejam propagadoras deste Reino), mas esse reino consiste em uma pessoa. Quando vamos ao evangelho de Lucas percebemos a resposta direta de Jesus aos fariseus:

“...Não vem o Reino de Deus com observação, nem dirão: “eis aqui” ou “ali”, pois eis (que ) o reino de Deus entre vós está. ”
(Lucas 17: 20b-21 – Novo testamento Interlinear)

Uma definição bastante clara dos efeitos e o que é esse Reino está no livro de Romanos:
“Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo”
(Romanos 14: 17 – Bíblia NVI)

Quantos se alegram com esses versículos? Eu fico fascinado em perceber o que é o Reino de Deus. Quando temos o Reino de Deus, queremos que a Sua justiça se estabeleça sobre toda a carne; ficamos incomodamos com a situação de um drogado, de um bêbado, de uma prostituta, logo nos tornamos intercessores desses. Não apenas em oração, mas em atitudes. Buscamos ajudá-los em casas de recuperações, Alcoólicos anônimos, aconselhamentos, etc. Sentimos a justiça de Deus em nossa carne. Logo, queremos que outros sejam justificados assim como fomos.
O Reino de Deus nos trás paz. Mas não é a paz que o mundo conhece. Pois o sistema desse mundo não conhece a paz que Jesus oferece. A paz deles é transitória, mas a nossa é eterna.
Deus derrama sobre nós a sua alegria. Alegria da salvação, alegria da provisão, alegria de saber que somos protegidos por Ele. E principalmente a alegria que um dia nos encontraremos com Ele nos ares. Aleluia!


ARREPENDIMENTO: O QUE NOS DIRECIONA A ESSE REINO


Deus sempre nos quis ao seu lado; Ele sempre se utilizou de Sua infinita misericórdia para se aproximar de nós. Mas, devido à queda do primeiro Adão, o homem foi impedido de ter esse acesso. Os nossos pecados nos acusavam. Como diria Isaias:

“Vejam! O braço do SENHOR não está tão encolhido que não possa salvar, e o seu ouvido tão surdo que não possa ouvir. Mas as suas maldades separam de vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dEle, por isso Ele não os ouvirá”
(Isaías 59: 1,2 – Bíblia NVI)

Mas Deus, sabendo que os nossos pecados eram o que nos impedia de ter esse livre acesso, enviou Jesus Cristo para realizar a sua Justiça aqui na terra:

“... O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de TODO o pecado”
(1 João 1:7b Bíblia NVI)

“Pois se pela transgressão de um a morte reinou, muito mais os que receberam a abundância da graça e do dom da justiça que receberam em vida; reinarão por meio de um, Jesus Cristo. Logo, assim como por meio de uma transgressão a todas as pessoas veio à condenação, assim também, por meio de um ato de justiça veio a todas as pessoas para justificação de vida.”
(Romanos 5: 17 e 18 – Novo Testamento Interlinear)

Aleluia! Isso indica que o que Deus podia fazer por nós já foi feito. O pecado não pode me impedir de entrar em Sua presença e de ter o Seu Reino. A única pessoa que torna o Seu Reino um empecilho somos nós. Por isso precisamos ter uma vida de arrependimento.

ARREPENDIMENTO AO PÉ DA LETRA
Procurei algumas definições sobre arrependimento. Umas resumidas, outras nem tão claras. Por incrível que pareça me interessei por uma que li no Wikipedia. Estava escrito o seguinte:


“Na origem da palavra, arrependimento quer dizer mudança de atitude, ou seja, atitude contrária, ou oposta, àquela tomada anteriormente. Diferentemente do remorso, em que a pessoa que o sofre não se sensibilizou verdadeiramente do mal que possa haver causado a outros, e que, pensando apenas no próprio bem, é capaz até de infligir a si mesmo algum tipo de castigo (como uma auto-flagelação por exemplo) apenas para tentar se esquivar de sofrer uma punição ainda mais severa por causa do erro que cometeu (punição que pode realmente, ou não, vir a penar), o arrependido verdadeiramente percebe e se sensibiliza das conseqüências ruins que seus atos causaram para outras pessoas (ou o mal que acredite haver causado a algum ser/entidade sobrenatural em que creia). Essa sensibilização à dor alheia leva o arrependido a uma tristeza verdadeira pelo dano sofrido pelos que prejudicou. E, como consequência, sempre faz o arrependido tomar uma firme decisão de não mais cometer o mesmo erro, para não mais causar mal a outros. O arrependimento pode assim, também, ser considerado como a dor sentida por causa da dor causada”.

Voltando para Mateus 3, podemos perceber a ênfase de João Batista na questão de arrependimento. Essa palavra vem do gregO, que pode traduzir-se tanto para arrependimento, como para remorso ; tradução essa depende da atitude de pensamento personagem. Pois existem diferenças significativas entre remorso e arrependimento. Darei alguns exemplos:

• O remorso pensa apenas nas conseqüências de seu pecado, enquanto o arrependimento pensa no ato cometido e sabe que o que receber foi porque lhe sobreveio o seu salário;

• O remorso escolhe a forma de ser punido; O arrependimento não se preocupa, apenas quer o perdão e o Reino de Deus, custe o que custar;

• O remorso nos faz escolher atalhos; mas o arrependimento nos faz trilhar o verdadeiro caminho;

• O remorso é egoísta, pois se preocupa apenas consigo mesmo, enquanto o arrependimento se preocupa consigo e com aquele quem possa ter sido ferido com suas atitudes e palavras;

• O remorso é orgulhoso. O arrependimento se submete a tudo o que for necessário;

• O remorso é um rascunho do arrependimento; O arrependimento é o processo pleno para a vinda do Reino de Deus.

João Batista também declarou que o arrependimento não pode ficar apenas na teoria, mas sim na prática:

“Produzi frutos dignos do arrependimento”
(Mateus 3: 8 – Novo Testamento Interlinear)

Isso mostra que arrependimento é uma mudança plena. Não apenas temos a intenção de mudar, mudamos mesmo! Temos em nosso coração esse firme propósito e não existe ninguém que possa tirar-lo.
O discurso de Pedro no livro de Atos nos mostra a necessidade que temos de nos arrepender e de nos converter:

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem apagados vossos pecados, para que venham tempos de refrigério da presença do SENHOR e Ele envie o Cristo previamente designado para vós, Jesus”
(Atos 3: 19 e 20 – Novo Testamento Interlinear)

SEM ARREPENDIMENTO GENUÍNO NÃO TEMOS
• A remissão dos nossos pecados;
• O tempo de Refrigério de Deus;
• O Cristo previamente designado.

Quando não vivemos em arrependimento temos mais a perder do que a lucrar com essa má atitude.